A importância da vida em comunidade: “Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt 18, 20)

Vivendo em um mundo cada vez mais individualista, acabamos muitas vezes nos esquecendo da importância da vida em comunidade, uma vida de partilha, compaixão e amor.

Nesses últimos anos de isolamento, percebemos como é grande a falta que o convívio com nossa comunidade faz, como é especial poder viver nossa fé em conjunto, com outras pessoas que também buscam a vivência do ensinamentos de Cristo.

Na história da Igreja podemos testemunhar o valor da vida em comunidade. No início de sua vida pública, Jesus chamou os doze discípulos e conviveu com eles durante anos, mostrando a eles a importância do amor e do serviço ao próximo. Depois de Sua Ascensão ao Céu, os discípulos continuaram a anunciar sua Palavra e ensinamentos, chamando e convertendo muitos à comunidade daqueles que seguem a Jesus. 

Na Igreja primitiva, descrita por Lucas nos Atos dos Apóstolos, encontramos a vida em comunidade descrita em seus primórdios. Lucas escreve sobre aqueles que foram convertidos e passaram a viver os ensinamentos de Cristo:

“Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações. Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum. Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros, que estavam a caminho da salvação.” (Atos dos Apóstolos 2, 42-47).

Percebemos, assim, como é essencial que vivamos nossa fé com outros que dela também partilham. Passamos a entender que somos membros do Corpo de Cristo, membros da Igreja, formada também por outros que encontraram em Cristo o sentido da vida, e Nele, buscam a salvação. 

Em união, sentimos o sentimento de pertencimento, passamos a amar e partilhar com aqueles que o Senhor colocou em nossa volta, e até mesmo quando acontecem desentendimentos, pela ação do Espírito Santo, podemos resolvê-los sem desviar o olhar de Cristo!