Na liturgia do Domingo de Ramos, toda a Igreja recorda duas realidades: a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e ao mesmo tempo, o mistério de Sua Paixão. Dessa forma, o mesmo povo que acolhe Jesus com ramos e cantando “Hosana nas Alturas” é o povo que grita “crucifica-o!”.
Neste mistério, somos capazes de compreender que sim, Jesus é o Messias proclamado pelos profetas, Aquele que trará a libertação de Israel, mas o Messias INESPERADO.
Apesar de ser Rei, Jesus não entra em Jerusalém com carruagem ou com o cintilante brilho do ouro, mas montado em um jumentinho. Além disso, apesar de ser Deus, Jesus se entrega nas mãos dos seus algozes para morrer através da morte mais humilhante, morte destinada aos mais pecadores: a morte de cruz.
Somente contemplando este mistério é que seremos capazes de entender o profundo significado do Domingo de Ramos: o reconhecimento de que Jesus é o Filho de Deus. Esse reconhecimento não é tão simples quanto podemos imaginar pois, para reconhecer a grandeza de Jesus, precisamos diminuir para que Ele possa crescer. É na humildade que a grandeza de Deus se revela.
Muitos pelo mundo não conseguem reconhecer a Salvação que nos foi conquistada por Cristo, a terra está sedenta de Deus. E é por isso que nós, como Igreja militante, precisamos assumir os compromissos afirmados em nosso batismo, pegar a nossa Cruz e seguir Jesus. Anunciá-lo como o Messias Redentor da humanidade, assim como cantamos neste domingo: “Bendito o que vem em nome do Senhor. N’ele encontramos a nossa salvação”.
Com a celebração do Domingo de Ramos, também iniciamos a Semana Santa. Que cada fiel receba a graça de unir-se a Jesus em sua Dolorosa Paixão nestes e em todos os dias, certos de que vitória é o que vem depois da cruz!
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