O Beato Mariano de la Mata Aparício foi um sacerdote missionário agostiniano espanhol que viveu no Brasil.

 Ele nasceu em 31 de dezembro de 1905, na Espanha, em uma família profundamente cristã que ensinou seus filhos, pela palavra e pelo testemunho, a fé e o amor a Deus e ao próximo.

A vida religiosa

 Aos 16 anos, Mariano entrou para o Seminário de Valladolid, na Ordem dos Agostinianos. Foi ordenado sacerdote em 25 de julho de 1930, e um ano depois, partiu para o Brasil como missionário Agostiniano, permanecendo por mais de 50 anos nestas terras.

 Este santo sacerdote tinha um caráter firme, porém, generoso, espontâneo, desapegado e sensível diante da dor. Foi um autêntico servidor dos que sofriam.

 

Sua missão no Brasil

Ao chegar ao Brasil, Padre Mariano foi designado coadjutor na paróquia da freguesia de Taquaritinga. Em 1933, foi transferido para o Colégio de Santo Agostinho, em São Paulo, onde foi professor, secretário e ecônomo.

Em 1945, foi eleito Superior da vice-província Agostiniana, vivendo no Colégio de Santo Agostinho, em São Paulo, onde permaneceu até o fim da sua vida.

A natureza brasileira atraía o sacerdote, tanto que se dedicava ao cultivo e cuidado das plantas e das flores, com as quais conversava e se emocionava, como exaltação da beleza da criação Divina.

 Contudo, essa sensibilidade pela natureza começou a adquirir uma dimensão ainda maior quando se tratava de famílias, amigos, ex-alunos, sofredores e os mais necessitados.

De fato, os grandes amores do Beato Padre Mariano foram: a Eucaristia, Nossa Senhora, as crianças, os pobres, os enfermos, a natureza, a família, as Oficinas de Santa Rita de Cássia e as vocações agostinianas.

 O beato Mariano também se dedicou muito em levar palavras de conforto e esperança aos enfermos; e o amor e a caridade eram sua força. Sem se preocupar com o horário, o “apóstolo da caridade”, como ficou conhecido, saía pela cidade de São Paulo, com seu “Fusca”, para levar esperança aos doentes e indigentes.

Além disso, prestava serviço como diretor espiritual dos membros das inúmeras Oficinas de Caridade de Santa Rita de Cássia, que confeccionavam roupas para os pobres. Jamais poupou esforços para atender os enfermos e confortar seus familiares. Entre aqueles que o conheciam, ele já tinha fama de santidade.

 

A vida eterna

O beato Mariano faleceu em 5 de abril de 1983, devido a um câncer no pâncreas. Apesar da grave enfermidade, jamais se queixou ou murmurou.

Logo, a Causa de Beatificação de Mariano da Mata Aparício teve início em 1996. Em 20 de dezembro de 2004, o Papa João Paulo II reconheceu suas virtudes heroicas e, em 5 de novembro de 2006, após o reconhecimento de um milagre por intercessão do padre Mariano, ele foi beatificado.

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