No dia 24 de abril, celebramos a conversão de nosso Pai Santo Agostinho, um dos maiores santos da história do cristianismo. 

A sua história de conversão é um testemunho poderoso do amor e da misericórdia de Deus, que inspirou, continua a inspirar e também desafiar muitas pessoas nos dias de hoje.

Santo Agostinho nasceu em Tagaste, na atual Argélia, em 354. 

Era um jovem brilhante, mas também muito ambicioso e impulsivo. Durante anos, viveu uma vida regada de prazeres e excessos, sem se preocupar com as consequências das suas ações. No entanto, em meio a tudo isso, sentia um vazio interior que o incomodava profundamente.

A sua conversão começou com uma série de encontros com cristãos piedosos, como sua mãe Santa Mônica, que orava fielmente pela conversão do filho. Em suas Confissões, Santo Agostinho descreve que um dia, enquanto se sentia profundamente angustiado, ouviu uma voz lhe dizer: “Toma e lê”. Ele pegou A Bíblia e leu uma passagem de São Paulo que falava sobre deixar os desejos da carne e seguir a vontade de Deus. Aquelas palavras o tocaram profundamente, e ele sentiu que Deus estava lhe falando diretamente.

A partir desse momento, Santo Agostinho começou a buscar a verdade e a sabedoria de Deus. Ele estudou a Bíblia, conversou com outros cristãos e procurou viver de acordo com os ensinamentos de Jesus. No entanto, ainda lutava contra as suas paixões e desejos, e muitas vezes sentia-se fraco e desanimado.

A sua conversão completa veio alguns anos depois, quando ele ouviu a pregação de Santo Ambrósio, bispo de Milão. As palavras do bispo tocaram o coração de Santo Agostinho e ele finalmente compreendeu o amor de Deus de forma plena e profunda. Ele abandonou a sua vida de pecado e entregou-se totalmente a Deus, tornando-se um dos maiores teólogos e santos da Igreja Católica.

Ao longo de sua vida, Santo Agostinho continuou a crescer em santidade e conhecimento. Ele escreveu diversas obras teológicas e filosóficas que são consideradas até hoje como algumas das mais importantes da história do cristianismo. Ele morreu em 28 de agosto de 430, deixando para trás um legado duradouro de amor, sabedoria e santidade.

A conversão de Santo Agostinho é um lembrete poderoso de que não importa quão longe tenhamos nos afastado de Deus, ele está sempre pronto para nos receber de volta em seus braços amorosos. 

Como Santo Agostinho escreveu em suas Confissões: “Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Eis que estavas dentro de mim e eu fora, e por fora te procurava…”  (Conf. 10, 27, 38)

Ao proclamar isso, Santo Agostinho expressa seu pesar por ter gastado tantos anos de sua vida com coisas superficiais. A conversão foi para ele a “chegada ao porto depois de um laborioso e longo navegar pelo oceano da dúvida, da incerteza e da incoerência.”

Com a conversão encontra a si mesmo e ao mesmo tempo encontra a alegria de viver verdadeiramente, experimentando o amor no abraço misericordioso de Deus Pai e enxergando a Igreja como mãe de salvação e modelo de vida a ser seguido.

Que a história de conversão de Santo Agostinho nos inspire a buscar a verdade e a sabedoria de Deus em nossas próprias vidas e a viver de acordo com seus ensinamentos.

Santo Agostinho, rogai por nós e intercedei pela nossa conversão!

Deixe um comentário