No segundo domingo do Tempo Pascal, a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia. 

 

Esta festa foi instituída oficialmente para toda Igreja no ano de 2000 pelo Papa São João Paulo II, onde, por um decreto, este domingo passou a ser chamado de Domingo da Divina Misericórdia.

 

A promulgação do Papa para atender um pedido do próprio Jesus, que o fez para Santa Faustina no ano de 1931: 

 

“Nenhuma alma terá justificação enquanto não se dirigir com confiança à Minha misericórdia. E é por isso que o primeiro domingo depois da Páscoa deve ser a Festa da Misericórdia. Nesse dia, os sacerdotes devem falar às almas desta Minha grande e insondável misericórdia” (Diário, 570).

 

Por que Jesus escolheu este domingo?

 

Jesus orientou que no primeiro domingo depois da Páscoa fosse celebrada esta grande festa em honra a sua Misericórdia, pois há uma estreita união entre o mistério pascal e a Divina Misericórdia.

 

“As almas se perdem, apesar da Minha amarga Paixão. Estou lhes dando a última tábua de salvação, isto é, a Festa da Minha Misericórdia. Se não venerarem a Minha misericórdia, perecerão por toda a eternidade” (Diário, 965).

 

A Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus foi a maior manifestação da Misericórdia de Deus em toda a história. Ele entregou Seu Filho para nos resgatar do pecado.

 

Também neste Domingo, lemos no Evangelho, a instituição do Sacramento da Confissão ou Penitência, instrumento da Misericórdia de Deus. Nas palavras do próprio Cristo, aos seus Apóstolos: “a quem perdoardes os pecados eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos” (Jo 20,23).

 

Jesus quis que sua obra de Salvação continuasse pelos séculos através da Igreja e seus sacerdotes, instrumentos e representantes da Misericórdia em nossa vida. Por isso, neste dia, o Senhor promete: “Aquele que, nesse dia, se aproximar da Fonte da Vida, alcançará o perdão total das culpas e das penas” (Diário, 300).

 

O quadro de Jesus Misericordioso 

 

Na revelação a Santa Faustina, Jesus lhe fez outro pedido. Ele pediu que fosse feita uma pintura conforme ela o estava enxergando, com a inscrição ‘Jesus, eu confio em vós’ abaixo de seus pés. Esta é a imagem de Jesus Misericordioso. 

 

“Por meio dessa Imagem concederei muitas graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela.” (Diário, 570)

 

A imagem traz diversos detalhes, que o próprio Senhor explicou: os dois raios representam o Sangue e Água que jorraram do lado de Jesus. O olhar de Jesus na imagem é o mesmo olhar que Ele tinha na Cruz. Sua veste branca simboliza a pureza e a Glória celeste. 

 

A Indulgência Plenária na Festa da Misericórdia

 

Jesus ama tanto a humanidade que, com esta devoção, quis dar a sua última prova de amor. Como último esforço para nos salvar, ele nos concede a Indulgência Plenária, isto é, o perdão de todos os pecados, neste dia.

 

“Desejo conceder indulgência plenária às almas que se confessarem e receberem a santa Comunhão na Festa da Minha Misericórdia.” (Diário, 1109).

 

Para conseguir esta grande graça, que brota do Sagrado Coração de Jesus, é necessário estar em estado de graça, ou seja, ter se confessado recentemente, receber a Sagrada Eucaristia e rezar pelas intenções do Papa.

 

Acolhamos a mensagem de Cristo

 

Jesus, com sua Divina Misericórdia, quer nos resgatar do pecado. Ele quer nos curar e nos fortalecer, para um dia estarmos com Ele na Glória.

 

Que possamos acolher essa mensagem tão bonita de Cristo, que espera que voltemos para Ele, como o pai que esperou o filho pródigo. Não nos esqueçamos que Ele não nos abandona e que, como ensinou o Papa Francisco, não se cansa de nos perdoar, nós é que cansamos de pedir perdão.

 

Um dia, disse Jesus a Santa Faustina: “A humanidade não encontrará paz, enquanto não tiver confiança na misericórdia divina”. Se quisermos ter paz em nossas vidas e em nossas famílias, precisamos confiar inteiramente na Infinita Misericórdia. Ela é um tesouro escondido que precisamos explorar. 

 

Que possamos no dia de hoje clamar pela Misericórdia de Deus em nossas vidas e em nossas famílias. Que sejamos propagadores dessa devoção que brotou do Coração Misericordioso de Jesus, conduzindo muitas almas para o mar da Misericórdia Divina.

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