CONHEÇA OS

SACRAMENTOS

Batismo

BATISMO

SANTO AGOSTINHO E O SACRAMENTO BATISMO

Os nomes a que Santo Agostinho designa o sacramento do batismo são vários. Assim: “O batismo é o sacramento da remissão dos pecados” (Sobre o único batismo 2,3), “segundo nascimento” (Carta 167,30), “banho da regeneração” (Contra Gaudêncio 12,13), “O homem batizado recebeu o sacramento do nascimento. Possui o sacramento, e que grande sacramento, divino, santo, inefável” (Comentário à Primeira Carta de São João 6,6). É um novo nascimento. Assim o expressa pregando na Páscoa aos neófitos, os que recentemente foram batizados: “Ei-los aqui – disse aos seus fiéis – videte infantes. Acaso não são filhos de Deus? O são! Mas não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus mesmo (Jo 1,13). Seu útero foi a água do batismo” (Sermão 119,4,4). Apelando para a tradição da Igreja, o bispo de Hipona ensina que o batismo dá direito a receber os outros sacramentos, especialmente a Eucaristia: “A Igreja manteve a tradição de não admitir, em absoluto, à mesa do altar quem não recebeu o batismo” (Sobre o único batismo VI,3,1). E nos diz que os cristãos da África (punici) chamavam o batismo de “salvação” e a Eucaristia de “vida” (Sobre o pecado e o mérito I,24,34). Expõe ainda a natureza do batismo comparando-o com o batismo de João Batista, o qual valia para preparar o caminho: “Eu creio que João Batista batizou com água para o perdão dos pecados, mas de forma que aos batizados se lhes perdoavam os pecados na esperança (in spe), mas não na realidade (re ipsa), pois isso deveria ter lugar no batismo do Senhor” (Sobre o batismo, contra os donatistas V,10,12). Por esta razão, o batismo de João não libertava a obrigação de receber o batismo de Cristo: “Com a diferença de que o Senhor Jesus Cristo purifica a Igreja com um batismo que, uma vez recebido, não necessita de nenhum outro; do contrário, João lavava com um batismo que necessitava o batismo do Senhor”. (Sobre o batismo, contra os donatistas V,10,12).

PARA RECEBER O SACRAMENTO DO BATISMO OS DOCUMENTOS SÃO:

  • Certidão de nascimento do indivíduo a ser batizado;
  • Certificado de preparação de pais e padrinhos ofertado pela igreja;
  • Certidão de nascimento ou casamento (se for o caso) dos pais e padrinhos.

Horários e dia de reuniões = toda 2ª e 4ª quinta feira de cada mês às 19h30.

eucaristia

EUCARISTIA

SANTO AGOSTINHO E O SACRAMENTO DA EUCARISTIA

A Eucaristia, como todos os demais sacramentos, foi um dos temas recorrentes dentro do magistério agostiniano, de uma maneira particular, como vimos, aos neófitos, como era costume na época. Muitas manhãs de páscoa foram testemunhas da pregação do santo Bispo de Hipona exortando os novos cristãos a viver, de uma maneira digna e coerente, tudo o que haviam recebido na noite anterior; de uma forma particular, tomando consciência da grandeza do dom da eucaristia e da profunda dimensão do mistério que este sacramento encerra. É importante assinalarmos, por outra parte, que a doutrina agostiniana em torno da Eucaristia se encontra dispersa em toda sua oceânica obra e que em seus diferentes escritos podemos encontrar alusões diretas ou indiretas a esse tema e as suas implicações para a vida cristã. Para que neste apartado o tema não apareça difuso, será apresentada, simplesmente, uma glosa de um sermão pascal agostiniano, valendo para isso, como tema-guia deste trabalho, o leitmotiv da assembleia e da comunidade como presença de Cristo. O tema da unidade não pode ficar ausente de seus sermões. Santo Agostinho conviveu com uma Igreja dividida pelas heresias de sua época, o cisma donatista (Os donatistas possuíam uma igreja bem próxima à Basilica Pacis, catedral de Hipona e também celebravam a páscoa com hinos e cânticos. Cf. VAN DER MEER, F. Agustín pastor de almas. Heder: Barcelona, 1965, p. 160). Por exemplo, no Sermão 227, ele acentua a ideia da unidade na diversidade. A assembleia dos fiéis, feita comunidade pelo amor, assim como o pão em geral, e especificamente o pão da eucaristia, foi formada a partir de muitos elementos – grãos e pessoas – para formar de todos, da diversidade, uma única realidade: o pão que com a bênção de Deus, se transforma em Corpo de Cristo; o Cristo é a pessoa na qual os cristãos se incorporam pelo batismo, e cuja pertença se renova e se sacramentaliza na eucaristia. Para isso, Santo Agostinho insiste na multiplicidade dos elementos que se juntam para formar o pão, como uma ampla metáfora da unidade dos crentes, os quais, apesar de sua própria diversidade individual – sem perder sua própria identidade e sua particular riqueza individual – chegam a formar uma só realidade; a única realidade do Corpo de Cristo: “O apóstolo diz: ‘Somos muitos, mas um só pão e um só corpo’. Assim explicou o sacramento da mesa do Senhor: somos muitos, mas somos um só pão e um só corpo. Neste pão vedes como haveis de amar a unidade. Por acaso este pão foi feito de um só grão de trigo? Não foram muitos os grãos? Mas, antes de chegar a ser pão estavam separados, a água os juntou depois que foram bem moídos porque se o trigo não se tritura e não se amassa com água não pode tomar a forma que se chama pão. Assim também vós: nos dias anteriores, com a humilhação do jejum e com os mistérios dos exorcismos fostes triturados, e recebestes em seguida a água do batismo para poder receber a forma de pão. Mas o pão necessita primeiro passar pelo fogo. O que significa o fogo? É a unção, o azeite de nosso fogo é o sacramento do Espírito Santo. Vede nos Atos dos Apóstolos: vem o Espírito Santo; depois da água, o fogo, e ficais convertidos em pão, que é o Corpo de Cristo. Assim se significa a unidade (Sermão 227,1). Certamente a unidade para Santo Agostinho não significa a uniformidade, ou seja, que cada cristão seja tabula rasa de todos os dons e carismas recebidos; para formar uma assembleia totalitária, na qual ficam achatadas todo tipo de diferenças, excluindo a riqueza da unidade em prol da uniformidade. Para Santo Agostinho, o que se quer construir é a igualdade koinônica, a única capaz de fazer a pessoa consciente da riqueza que dá a unidade. A unidade koinônica é aquela na qual cada um pode e deve colocar sua própria particularidade, o dom que recebeu de Deus a serviço de todos, já que todo dom recebido é dado para o serviço da comunidade. Nos Atos dos Apóstolos lemos que “a multidão dos que haviam crido era um só coração e uma só alma. Ninguém considerava exclusivamente seu o que possuía, mas tudo entre eles era comum” (At 4,32). Este texto serviu de inspiração para a Regra dos Servos de Deus que Agostinho deixou para suas comunidades religiosas. Assim lemos no texto da Regra: “O primeiro pelo que vos tendes congregado em comunidade é para que habiteis unânimes, na casa, e tenhais uma só alma e um só coração dirigidos para Deus. E não chameis própria nenhuma coisa, mas que tudo seja comum. Que vosso superior vos distribua a cada um o alimento e o vestido; não a todos por igual, porque nem todos tendes a mesma necessidade, mas a cada um segundo a sua necessidade. Pois assim ledes nos Atos dos Apóstolos que tinham tudo em comum, e se distribuía a cada um segundo sua necessidade” (Regra aos Servos de Deus 1). Para que se leve a cabo a construção da unidade do Corpo de Cristo, conforme nos disse o Hiponense, é preciso que os membros do Corpo de Cristo passem por uma transformação, um processo pascal (Jo 12,24). Os membros da comunidade devem ser moídos, como os grãos, para poder ser amassados e formar um só pão, uma só realidade. Juntamente com este processo, que poderíamos denominar kenótico (de destruição e de morte), estaria o aspecto positivo: a água deve ser o fator que dê consistência a todos os elementos que vão formar o novo pão. É claro que Santo Agostinho fala das águas batismais, aquelas águas que os neófitos acabavam de receber, e que possuem a força de renová-los e incorporá-los ao Corpo de Cristo, a Igreja. Cristo está presente nas “Espécies Eucarísticas”. Santo Agostinho considerou que a presença de Cristo nas espécies eucarísticas é de suma importância. É um realismo que jamais falhou em seu pensamento. São textos com uma densidade teológica muito alta. A disciplina da “Lei do Arcano” (A proibição de falar dos mistérios da fé àqueles que não pertenciam à fé cristã. Este mistério nem era revelado aos catecúmenos. A Eucaristia era chamada “sacramento dos fiéis”; por isso Santo Agostinho afirma: “O sacramento dos fiéis somente conhece os fiéis” (Sermão 131,1,1), em vigor na época, não nos deixa vislumbrar, mais e melhor, a liturgia na diocese de Hipona. Diante da perplexidade da afirmação do salmo 98,5: “Adorai o escabelo de seus pés porque é santo”, Santo Agostinho afirma que a mesma Escritura identifica o “escabelo dos pés” com a terra: “A terra é o escabelo de meus pés” (Is 66,1). Diante disso, o Santo Bispo se pergunta: “Se nos manda ‘adorar a terra’? Não seria isto um ato de impiedade e idolatria? Ademais, como vamos adorar a terra, quando a Escritura diz claramente: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás’ – Dt 6,13?” (Comentário ao salmo 98,9). A cristologia e a certeza da presença de Cristo na eucaristia vêm em ajuda de Santo Agostinho e ele encontra um modo de como conciliar os textos bíblicos. É possível adorar a terra sem incorrer em idolatria, segundo sua interpretação da Palavra de Deus. A terra se identifica com a carne que Cristo recebeu da carne da Virgem Maria: de terram terram. Esta carne de Cristo nos é dada a comer na mesa eucarística, e não somente não pecamos adorando-a, mas pecaríamos se não a adorássemos: “Vacilando, me dirijo a Cristo, porque a Ele busco aqui, e encontro de que modo se adora a terra sem impiedade, de que modo se adora o escabelo de seus pés sem impiedade. Ele tomou a terra da terra ao tomar a carne da Virgem Maria; como caminhou pelo mundo naquela carne, deu-nos de comer a sua carne para nossa salvação. Ninguém come esta carne sem antes adorá-la. Encontrou, assim, um modo de adorar o escabelo dos pés do Senhor, não só sem pecar, mas adorando-o; pecaríamos se não o adorássemos (Comentário ao salmo 98,9). A carne do mesmo Cristo, que se encarnou no seio da Virgem Maria e caminhou pelos caminhos da Palestina é carne oferecida na eucaristia. Esta presença real de Cristo, Deus e homem, não somente justifica a adoração da sua carne quando a recebemos, mas exige que a adoremos, se não queremos ser culpados de pecado. Esta argumentação de Santo Agostinho não teria razão de ser se ele entendesse a eucaristia de um modo figurado e não real. São inúmeras as passagens em que Santo Agostinho, em seus sermões, afirma a presença real de Cristo na Eucaristia. Graças à operação visível do Espírito Santo, o pão e o vinho se convertem no Corpo e no Sangue do Senhor. A ação sacramental que realiza esta transformação é milagrosa, e é chamada por Santo Agostinho de bênção, oração mística, santificação, consagração ou confecção. Depois de ter descrito a ordem dos ritos na celebração eucarística, Santo Agostinho dá importância às palavras da consagração: “Continua a ação sagrada recitando as preces santas que logo ides ouvir, para que, pronunciadas as palavras o pão e o vinho se convertam no Corpo e no Sangue de Cristo. Suprimidas as palavras, não há mais que pão e vinho; pronunciadas as palavras, o pão e o vinho se transformam em outra coisa. E essa outra coisa o que é? O Corpo de Cristo e o Sangue de Cristo. Repetimos: antes de pronunciar as palavras, só há pão e vinho; ao pronunciar as palavras se convertem no sacramento (Sermão 229,3). No mesmo sermão aos neófitos, declara: “O que vedes, caríssimos, na mesa do Senhor é o pão e o vinho, mas este pão e este vinho, pronunciadas as palavras do Senhor sobre eles, são o Corpo e o Sangue de Cristo”. Eis aqui outras passagens, todas elas de caráter litúrgico: “Nem todo pão se converte no Corpo de Cristo, mas somente aquele que recebe a bênção de Cristo” (Sermão 234,2); “Este pão que vós vedes sobre o altar, santificado pela Palavra de Deus, é o Corpo de Cristo. Este cálice, ou melhor, o que o cálice contém, santificado pela Palavra de Deus, é o Sangue de Cristo” (Sermão 227), “Reconhecei no pão o que pendeu da cruz e vede no cálice o que brotou do lado aberto” (Sermão 228B,2). É impossível não considerar o realismo da presença de Cristo nas presentes fórmulas eucarísticas, se levar em conta outras doutrinas agostinianas, que resultariam inexplicáveis, sem sua crença na presença real de Jesus Cristo sob as espécies sacramentais.

PREPARAÇÃO PARA RECEBER O SACRAMENTO  DA EUCARISTIA (PRIMEIRA EUCARISTIA OU PRIMEIRA COMUNHÃO)
Período de  preparação são de 2 anos  na Arquidiocese da cidade do Rio de Janeiro, os encontros são aos domingos no período da manhã a partir das 08h30.

PARA QUEM JÁ RECEBEU A PRIMEIRA COMUNHÃO
Para receber a Sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja Católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o Sacramento da Reconciliação antes de receber a Comunhão.

eucaristia
Crisma

CRISMA

SANTO AGOSTINHO E O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO OU CRISMA

O sacramento da confirmação vem à sua mente quando com referência aos sacramentos da “iniciação cristã”, mencionado da água do batismo, do óleo, e da eucaristia. Designa também este sacramento tanto pela imposição das mãos, que “ainda hoje a Igreja conserva em seus sacerdotes”, como pelo “crisma visível com que a Igreja unge os batizados”. Depois de assinar a fronte do candidato com o sinal da cruz de Cristo, passa a identificar os frutos que dela brotam, como o demonstra “na celebração dos sacramentos” de iniciação. Deles escreve: “Sem o uso deste sinal, já na fronte dos fiéis, já na água que os regenera, já no crisma com que são ungidos, já no sacrifício com o qual são alimentados, nenhuma destas coisas fica totalmente terminada” (A Trindade XV,26,46). No unguento profético, com o qual eram ungidos os antigos reis e sacerdotes do Antigo Testamento, Santo Agostinho vê uma prefiguração do Corpo de Cristo: “O qual se salva, precisamente pelo nó da unidade. Pois Cristo se chama assim pelo crisma, ou seja, pela unção que recebeu” (Carta contra Petiliano II,104,238). Santo Agostinho afirma que a confirmação é um sacramento santo como o é o batismo: “certamente é um sacramento visível, tão sacrossanto como o mesmo batismo” (Carta contra Petiliano II,104,239). Copiosos são os ensinamentos de Santo Agostinho sobre o significado místico da unção com o santo crisma, pela qual os cristãos vêm a formar um corpo com a Cabeça Cristo, e são feitos partícipes de sua missão real e profética.

PARA RECECER O SACRAMENTO DA CONFIRMAÇÃO

Para receber o Sacramento da Confirmação, é exigido uma preparação e participar das reuniões que são realizadas aos domingo às 18h00. É necessário ser batizado. Mas se ainda não for, faz-se a preparação conjuntamente ao Sacramento da Confirmação e recebe o sacramento do batismo antes de receber o Sacramento da Confirmação.

PARA SER PADRINHO

É preciso que seja católico, confirmado e já tenha recebido a Santíssima Eucaristia, e leve uma vida consentânea com a fé e a função que vai desempenhar. Que seja designado pelo próprio batizando ou pelos pais e tenha intenção de ser padrinho; tenha completado dezesseis anos; não seja o pai ou a mãe do crismando.

 

CONFISSAO

CONFISSÕES

SANTO AGOSTINHO E O SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO OU CONFISSÃO

Sobre o sacramento da penitência, Santo Agostinho distingue entre pecado mortal e venial. Mesmo os justos comentem pecados: “Vivamos dignamente, mas ainda vivendo dignamente, não presumamos de estar sem pecado” (Sermão 19,2). Os justos podem viver sem “crimes” (pecado mortal), mas não podem estar sem pecados (venial): “Se há de ter bem em conta a gravidade do pecado; não é porque todo crime seja pecado, se possa concluir que todo pecado seja crime. E assim dizemos que podemos encontrar na vida dos santos, enquanto vivem neste mundo, sem crime; mas se disséssemos a nós mesmos que não temos pecado, a verdade não está em nós – 1Jo 1,8” (Enquiridio 64,17). Ainda que a forma concreta, segundo a qual a Igreja exerceu o poder de perdoar os pecados, mudou muito através dos séculos, se descobre na história da disciplina penitencial uma mesma estrutura fundamental básica. O sacramento da penitência ou reconciliação consta de dois elementos essenciais, correspondendo um ao pecador arrependido e o outro ao ministro ordenado que em nome de Cristo perdoa. O primeiro ato do pecador contrito é a confissão ou manifestação de suas culpas. Nos passos do filho pródigo que, depois de entrar em si mesmo, decidiu voltar à casa paterna e confessar diante dele seus pecados (Lc 15,17-19), Santo Agostinho vê a imagem do pecador que, estimulado pela contrição, resolve recorrer e confessar seus pecados à Igreja: “O aproximar-se ao pai significa aderir-se pela fé à Igreja, dentro da qual a confissão dos pecados pode ser legítima e frutuosa […] “E o beijou” (Lc 15,20). O ser consolado pelo dom da graça divina e a confiança de que logrou o perdão dos pecados é como receber o beijo amoroso do pai depois de ter caminhado por longo tempo para voltar a ele. Uma vez dentro da Igreja, começa a confessar seus pecados (Questões sobre os evangelhos 2,33)”. Os escritos de Santo Agostinho parecem indicar a existência de uma confissão auricular e secreta. O bispo sabe o que todos ignoram: “Devemos corrigir e censurar em segredo, não seja que querendo fazê-lo em público delatemos a pessoa […] Supomos que o bispo, e só ele, sabe que alguém é um homicida. Nem o delato, nem me dessinto dele de algum modo, o aterrorizo com a consciência manchada de sangue; persuado-lhe a que faça a penitência. Desta caridade temos que estar cheios. Pela qual, às vezes, os homens nos jogam em rosto que apenas corrigimos: ou julgam que não sabemos o que sabemos. Mas quem sabe o que tu sabes, sei também eu, ainda que a correção não a faço diante de ti, porque quero curar, não acusar” (Sermão 82,11).

PARA RECEBER O SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO

As confissões são realizadas de terça à sexta das 09h00 às 11h00 e de 15h00 às 17h00 por ordem de chegada no domingo às 10h00, 18h30 e 20h00. Na sala contigua à Secretaria Paroquial.

CONFISSAO
UNÇÃO-DOS-ENFERMOS

UNÇÃO DOS ENFERMOS

SANTO AGOSTINHO E O SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

A propósito deste Sacramento de Cura, Santo Agostinho afirma: “Deus cura todas as tuas enfermidades. Não temas, pois, todas as tuas enfermidades serão curadas… Tu só deves deixar que Ele te cure e não recusar suas mãos” (Comentário ao salmo 102,5). Se trata um meio meio precioso da Graça de Deus, que ajuda o enfermo a conformar-se cada vez com mais plenitude, com o mistério do sofrimento, morte e ressurreição de Cristo. Junto aos Sacramentos da Reconciliação e da Unção dos Enfermos, a Eucaristia contribui de maneira singular a realizar esta “conformação”, associando a quem se nutre do Corpo de Cristo ao oferecimento Daquele que se doou todo ao Pai pela salvação da humanidade. Uma das obras que mais podem os penetrar na “alma agostiniana” é o “Speculum”, o “Espelho” das Escrituras: uma copilação dos textos mais queridos por Santo Agostinho e meditados muitas vezes por este Padre da Igreja que foi transpassado pela Palavra de Deus e amou a Deus de todo coração. Entre muitas definições das Sagradas Escrituras, a aparece esta de “espelho” dada por Santo Agostinho: o cristão deve se olhar no espelho das escrituras para verse sua imagem corresponde ao que vê. No “Speculum” busca ser um manual de piedade cristã, doutrinal e prático. Agostinho recolhe do livro do Eclesiástico preciosas pérola do tema da enfermidade e da oração: “Não te avergonhes de visitar os enfermos: isso te fará mais entranhável no afeto” (Speculum 23); “Meu filho. Na tua enfermidade não te desesperes, mas suplica ao Senhor e Ele te curará” (Speculum 23); do Evangelho de Mateus, o insigne filho de Santa Mônica nos lembra: “Estive enfermo e foste me visitar” (Speculum 25); nesta obra se cita a oração de unção dos enfermos da carta de São Tiago. Isso mostra que o rito era um lugar comum na prática cristã de então (Cf. Speculum 46). Também São Possídio nos diz no livro “Vita de Sancti Augustini”, “Vida de Santo Agostinho” que o santo mesmo “seguiu a regra deixada pelos Apóstolos de que devia visitar as viúvas e órfãos em suas tribulações (Tg 1,27) e que, quando aparecia enfermos que pediam a Santo Agostinho que rezasse por eles e que lhes impusesse as mãos, o Santo de Hipona fazia sem demora (Cf. São Possídio, Vida de Santo Agostinho 27). São Possídio conta a anedota que, a Santo Agostinho, já no leito de morte, aproximou-se um homem com um enfermo e rogou ao Santo Bispo que lhe impusesse as mãos para curá-lo. Santo Agostinho lhe respondeu que se tivesse o dom de cura, primeiramente o usaria para seu proveito. Mas o homem disse que havia tido uma visão em sonhos e que lhe haviam dito: “Vai ao Bispo Agostinho para que te imponha as mãos e ficarás curado”. Ao ser informado disso, cumpriu o desejo do enfermo, e o Senhor fez com que o homem enfermo partisse dali já curado (Cf. São Possídio, Vida de Santo Agostinho 29).

 

PARA RECEBER O SACRAMENTO DA UNÇÃO DOS ENFERMOS

As solicitações de visita aos doentes e da Unção dos Enfermos são realizadas na secretaria Paroquial de segunda à sexta das 08h00 às 12h00 e das 13h00 às 17h00.

MATRIMONIO

MATRIMÔNIO

SANTO AGOSTINHO E O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO

Os investigadores da doutrina agostiniana concordam em afirmar que a razão teológica que levou Santo Agostinho a escrever sobre o sacramento do matrimônio está na teoria do número dos predestinados à glória. De fato, Santo Agostinho estabelece, como fundamento de sua doutrina matrimonial, a conexão entre a natureza geradora do matrimônio e o cumprimento do decreto divino, pelo qual Deus determinou o número dos predestinados “destinados a viver a vida eterna na companhia dos santos anjos” (A cidade de Deus XII,22): a cidade celeste deve encher-se com os santos predestinados por Deus. Daqui, o princípio que serve de base para a teologia matrimonial do Santo Bispo de Hipona. Usa o termo “celeste” em contraposição à “terrestre”, segundo sua conhecida teoria sobre os dois amores: o egoísmo e a caridade que construíram “duas cidades”, a “terrena” e a “celeste”. Como bem diria o Bispo de Hipona: “Dois amores construíram duas cidades: o amor a si mesmo, até o desprezo de Deus; e o amor a Deus até o desprezo de si mesmo” (A cidade de Deus XIV,28). Exposto, pois, o plano sobre o número fixo dos predestinados, havia que determinar o meio para realizá-lo. Este consistia na união sexual do homem e da mulher na instituição matrimonial. Pensamento que Santo Agostinho expressa repetidamente através de sua longa carreira, desde as primeiras obras contra os maniqueus, nos anos que seguiram sua conversão, até sua última obra inacabada contra o pelagiano Julião de Eclana. Consequente com sua linha de pensamento e mantendo-se na mesma categoria de “cidade”, escreveria Santo Agostinho sobre a relação do fim procriador do matrimônio: “A união do homem e da mulher é como um semeadura da cidade” (A cidade de Deus XV, 16,3). A grande contribuição de Santo Agostinho foi o conteúdo da famosa fórmula tripartida, na qual ele sintetizou os bens do matrimônio: “Estes são os bens pelos quais o matrimônio é bom: a prole, a fidelidade e o sacramento” (Sobre os bens do matrimônio 24,32). “Com terminologia agostiniana, a unidade se expressa como bonum fidei (bem da fidelidade), a indissolubilidade como bonum sacramenti (bem do sacramento) que, claro está, não é a sacramentalidade. O terceiro bem é o bonum prolis (bem dos filhos).  – Cf. PIÑERO CARRIÓN, J. M. Nuevo Derecho Canónico. Manual práctico. Madrid: Atenas, 1983. Comentário ao cânon 1056 do Código do Direito Canônico –. Porém, não se deteve somente neste ponto. Há uma evolução no seu pensamento. É certo que o Doutor da Graça, em seu pensamento teológico amadurecido, considerou o matrimônio como um símbolo, um sinal, um sacramentum. Ele foi um dos primeiros em articular a noção da sacramentalidade do matrimônio cristão, que para ele significa uma união monogâmica e indissolúvel até a morte de um dos esposos. A unidade e a indissolubilidade são propriedades essenciais do matrimônio. O alto conceito que Santo Agostinho tinha sobre o simbolismo espiritual do matrimônio, de modo particular para os cristãos, não obstante sua extraordinária contribuição ao progresso da teologia matrimonial com sua teoria dos três bens, nunca se afirmou explicitamente que o matrimônio confere a graça, requisito essencial dos sacramentos da Nova Lei. Parece, portanto, que para Santo Agostinho o tempo do matrimônio como sacramento do Novo Testamento não havia chegado ainda. Não sendo objeto musto extenso desta página, veja a analise extensivamente tratada: LANGA, P. San Agustín y el progreso de la teologia matrimonial. Toledo: Estudio Teológico de San Idelfonso, 1984, 53-83.


PARA RECEBER O SACRAMENTO DO MATRIMÔNIO

DOCUMENTO DOS NOIVOS

  • Certidão de casamento (civil) – se tiver;
  • RG;
  • CPF;
  • Comprovante de residência;
  • Certidão de batismo atualizada para fins de matrimônio;
  • Certificado de Curso de Noivos


DOCUMENTO DAS TESTEMUNHAS (PADRINHOS)

  • Duas testemunhas;
  • CPF,
  • Comprovante de residência.
MATRIMONIO
sacramento-ordem

ORDEM

SANTO AGOSTINHO E O SACRAMENTO DA ORDEM

Cristo está presente na pessoa do ministro ordenado. Cristo se dá a conhecer, não pessoalmente, como o fez durante sua vida, mas através de outro homem que é seu ministro e seu servo ao mesmo tempo. A missão do ministro ordenado é comunicar algo que recebeu, algo que não é seu: “Somos seus ministros, seus servos; o que vos dispensamos, não tiramos de nossa colheita, mas de sua dispensa. Dela vivemos nós também, já que somos servos convosco  – conservi sumus” (Sermão 229E 9,4). O ministro ordenado é um cristão, alguém que pertence ao Corpo de Cristo. Ele não está acima do Corpo de Cristo, mas a seu serviço: “A partir deste lugar vos falo como que de um lugar alto, mas Deus, que é indulgente aos humildes, sabe que estou por temor prostrado aos vossos pés” (Comentário ao salmo 66,19). Neste sentido, também, na Regra dos Servos de Deus, Santo Agostinho fala do serviço do superior: “Por outra parte, aquele que vos preside não se considere feliz pela potestade de mandar, mas pela caridade de servir. Entre vós seja tratado com honra; diante de Deus esteja prostrado a vossos pés” (Regra aos Servos de Deus 7). Santo Agostinho tem um conceito altíssimo sobre o sacramento da ordem, equiparando-lo ao sacramento do batismo. O ministro ordenado, em cujas mãos Deus colocou seus dons e sua autoridade, recebeu uma missão concreta: colocar os tesouros de Deus ao serviço da assembleia celebrante. Esta ideia fundamental sobre a missão do ministro explica o que para Agostinho é sua nota mais característica: sentir-se sempre ligado aos demais com um vínculo de repercussões eternas: “Pois o clericato foi colocado por Deus sobre seus ombros para o bem de seu povo; é uma carga, mais que uma honra” (Sermão 355,6). Surge daqui a consciente responsabilidade no sujeito de que os dons que o ministro recebeu de Deus é uma pesada carga. São graves as obrigações e os deveres que lhe farão responder diante de Deus, de sua própria vida e da vida dos que esperam do ministro uma ajuda para sua salvação. Agostinho chega a dizer que não quer salvar-se sem seus fiéis. A tal ponto chegava seu cuidado pelos seus fiéis e tão forte era o vínculo que o ligava aos seus. Nada é, pois, estranho, que lhe atormente a ideia da conta que terá que prestar a Deus pela conduta de suas ovelhas, o que levará o Santo Bispo exclamar: “Faço tudo isso com uma só intenção: vivermos juntos em Cristo. Esta é minha ambição, minha honra, minha alegria, minha herança e minha glória. Se não me ouvis e eu sigo falando, salvarei a minha alma. Mas não salvar-me sem vós!”. (Sermão 17,2). Como o ministro ordenado poderá fazer este serviço? Para Santo Agostinho será feito de duas maneiras: através da palavra e dos sacramentos. De ambos, o ministro ordenado se sente responsável por ser seu administrador. Sua posição entre Deus e os homens não é meramente passiva, mas adquire um influxo pessoal. Santo Agostinho plasma, vivamente, o aspecto dinâmico da missão do ministro na expressão “despenseiro da palavra e dos sacramentos” (Carta contra Petiliano III,67), enlaça e reforça a ideia motriz do sacerdócio ministerial: o sacerdócio ministerial está essencialmente ordenado ao serviço dos demais (sacerdócio comum dos fiéis).

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