Santo Alonso de Orozco nasceu em 1500 em Toledo, na Espanha, em uma família católica fervorosa. Quando criança, ele cantou no coro da Catedral de Toledo, e a música se tornou uma grande paixão ao longo de sua vida.

A vida religiosa

Quando foi enviado para estudar na Universidade de Salamanca, sentiu-se atraído pelo ambiente de santidade do convento dos Agostinianos. E logo decidiu entrar para a Ordem, professando os votos em 1523.

Depois de ser ordenado sacerdote, ele se tornou o pregador da Ordem e depois ocupou vários outros cargos.

Quando se tornou superior do convento de Valladolid, foi nomeado pregador real do imperador Carlos V, depois também de Filipe II, e por esse motivo passou a residir no convento agostiniano de Madrid.

E como pregador da corte real espanhola, sua alegria era pregar para pessoas humildes e necessitadas de amor e da Palavra de Deus. Costumava visitar os doentes e os presos. O povo o estimava e o admirava por seu estilo de vida simples e por sua humildade. A todos, Santo Alonso ajuda em suas dificuldades materiais e morais.

Dedicado escritor

Além de pregar o Evangelho com afinco e alegria, escrever foi outra atividade para a qual Santo Alonso se entregou com entusiasmo. E como era muito devoto da Virgem Maria, considerou todas as suas obras literárias como fruto de um mandato direto de Nossa Senhora.

Escreveu vários livros em língua latina e castelhana. Cerca de 20 de seus escritos tiveram muitas edições e alguns deles foram traduzidos em outras línguas.

Santo Alonso dedicou-se também a escrever sobre a história e espiritualidade da Ordem Agostiniana, entre eles destacam-se os livros: “Instruções para os religiosos”, um “Comentário à Regra” e a “Crônica do Glorioso padre e doutor Santo Agostinho, dos santos e beatos e dos doutores da Ordem”.

Mas a vida não é um mar de rosas

Todos viam em Santo Alonso uma profunda santidade, mas ele não se sentia confirmado na graça divina. Era muito rígido consigo mesmo e por vezes sentiu a tentação de abandonar a vida religiosa; sentiu-se atraído pela liberdade do mundo; diversas vezes sofreu por solidão e sentiu temor pelas asperezas da vida religiosa e muitas vezes não se sentia digno dela.

No entanto, sempre considerou seu ingresso na Ordem Agostiniana como uma das maiores graças que recebeu de Deus. Ainda assim, a secura espiritual fez parte de sua vida entre os anos de 1522 a 1551.

Contudo, Santo Alonso se manteve firme, e a cada dia venceu suas tentações com o desejo de trabalhar mais pelas almas, imitando o próprio Cristo. Desejou ser missionário no México, mas devido a problemas de saúde não foi possível. No entanto, fundou dois conventos agostinianos e três mosteiros agostinianas de clausura.

Alonso faleceu em 19 de setembro de 1591, em Madrid, onde os seus restos mortais são venerados no mosteiro das agostinianas. Foi beatificado em 1882 e em 2003 foi canonizado por João Paulo II.

Santo Alonso de Orozco, rogai por nós para que saibamos renunciar às tentações de cada dia e nos aproximarmos cada vez mais de Cristo.

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