Toda a Igreja tem a imensa alegria de celebrar no dia 4 de julho a Solenidade de São Pedro e São Paulo, as duas grandes colunas da Igreja!
Apesar de serem repletos de defeitos e fraquezas, Jesus quis apostar nestes homens e realizou neles uma verdadeira transformação no coração a ponto de fazer São Paulo exclamar: “Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim.” (Gálatas 2, 20)
Pedro veio primeiro. Antes, ele era chamado Simão, nascido de Betsaida — cidade da Galileia — ele era pescador juntamente com seu irmão André. De personalidade forte, mas ao mesmo tempo inconstante e receoso, foi seu irmão quem lhe apresentou Jesus.
A Palavra diz que no dia em que Pedro conheceu Jesus o Mestre fixou nele o olhar e o chamou para segui-lo. A resposta de Pedro foi imediata, tão logo ele deixou tudo para trás e foi seguir o Senhor. De fato, Simão via em Jesus algo que lhe faltava.
Pedro teve inúmeras crises de fé, a ponto de negar Jesus três vezes durante a Sua Dolorosa Paixão. É muito interessante perceber que, após a Ressurreição de Cristo, Jesus aparece novamente aos discípulos e pergunta especificamente para Pedro se ele o ama, e pergunta três vezes.
Muito sincero, contrito e até envergonhado, naquele dia Pedro abriu o seu coração e disse que apesar de não conseguir amar a Cristo de forma perfeita, ele o amava de todo o seu coração. E é claro que Cristo aceitou o seu amor.
A verdade é que: Deus não deseja que nós o amemos de forma perfeita através da nossa própria força, Ele quer ser o amor em nós. E Deus foi o amor em Pedro que se tornou o primeiro Papa e a Pedra da Igreja.
São Paulo veio depois, e apesar de não conviver com Jesus da mesma forma que os discípulos, ele possuía uma intimidade tão grande quanto a deles.
Assim como Pedro, Paulo também possuía outro nome, ele era Saulo, nascido em Tarso. Saulo, apesar de ser um homem que acreditava com todas as suas forças em Deus, ele estava do lado errado. Pertencendo ao grupo dos fariseus, acreditava que a fé em Cristo era perigosa, por isso, ele perseguiu os cristãos com ardor.
Paulo é aquele tipo de pessoa que não consegue dar apenas metade de si naquilo que faz, ele dá tudo. E naquele contexto de perseguidor, ele também deu tudo de si. Mas, Deus tinha outros planos para ele.
De fato, Paulo havia nascido em Tarso, mas foi no caminho para Damasco que ele renasceu. Foi neste caminho que ele ouviu a voz do Mestre: “Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo disse: ‘Quem és, Senhor?’ Respondeu ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues’.” (Atos 9, 4-5)
Depois desse encontro, Paulo se converteu e se tornou um dos maiores pregadores de Cristo crucificado que o mundo inteiro já viu.
Aliás, ambos os apóstolos, Pedro e Paulo, foram até o fim com seu amor a Cristo. Até mesmo Pedro que antes tinha medo do sofrimento acolheu a coroa do martírio. Paulo morreu decapitado enquanto Pedro foi crucificado de cabeça para baixo — pois não se achava digno de morrer como o seu Senhor.
O amor é sempre unitivo, o amor sempre tenta imitar o Amado. E Pedro e Paulo, buscando fazer isso por toda a vida, finalizaram a sua trajetória assim como Cristo: derramando seu sangue por amor.
Que através da intercessão desses grandes santos, possamos também nos unir plenamente ao Senhor, juntamente com toda a sua Igreja!
São Pedro e São Paulo, rogai por nós!
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