São Fulgêncio de Ruspe foi um santo católico, bispo de Ruspe, localidade da atual Tunísia. Teólogo, foi discípulo e fiel seguidor da doutrina de Santo Agostinho. E foi depois de ler o comentário de Santo Agostinho sobre o Salmo 36 que ele orientou decisivamente sua vida à austeridade e à procura da solidão.

Fulgêncio, cujo nome era Fábio Cláudio Gordiano Fulgêncio, nasceu no ano 462, em Thelepte, na atual Tunísia. Era filho de uma família rica e influente, e recebeu uma educação privilegiada. Estudou retórica, direito e filosofia, e tornou-se um advogado de sucesso.

Aos 35 anos, Fulgêncio foi ordenado sacerdote. Em 502, foi nomeado bispo de Ruspe. No exercício de seu ministério, Fulgêncio se destacou como um defensor da fé católica e um combatente dos erros do arianismo e do semipelagianismo.

O arianismo era uma doutrina que negava a divindade de Jesus Cristo. O semipelagianismo, por sua vez, afirmava que a graça divina era necessária para a salvação, mas que o homem também tinha um papel ativo no processo de salvação.

Fulgêncio escreveu vários tratados contra essas doutrinas, defendendo a doutrina católica da graça divina. Suas obras foram muito influentes no desenvolvimento da teologia ocidental.

Algumas de suas obras mais importantes:

 

Fulgêncio foi exilado duas vezes pelos vândalos que haviam invadido a África do Norte. Durante o seu exílio, ele fundou mosteiros na Sardenha, cultivando com muito zelo a doutrina agostiniana. Tornou-se professor dos bispos, padres, monges, e conselheiro e pacificador entre a população.

Ele foi chamado de “Agostinho Abreviado”, pois sua vida monástica assemelha-se muito ao estilo de vida de Santo Agostinho.

São Fulgêncio morreu em Ruspe, em 533. Ele é considerado um dos grandes teólogos da Igreja Católica, e sua obra continua a ser estudada e admirada até hoje.

A Igreja celebra a sua memória no dia 3 de janeiro.

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